Dispositivos eletrônicos influenciam risco de câncer de pulmão

Dispositivos eletrônicos influenciam risco de câncer de pulmão

Maio 10, 2024 0 Por Redação

 

 

Há indicativos de concentrações suficientes de substâncias para causar danos inflamatórios às vias aéreas e ao epitélio pulmonar

 

O tabagismo é um dos mais importantes problemas mundiais de saúde pública. Cerca de 5 milhões de mortes ao ano são atribuídas a doenças provocadas pelo tabaco, dentre elas câncer, além de problemas cardiovasculares e respiratórios, conforme dados da Sociedade Americana do Câncer. A Dra. Ana Galdino Franzoni, oncologista responsável técnica da Oncoclínicas na Grande Florianópolis, relata que o tabagismo aumenta em 20 vezes o risco de morte por câncer de pulmão e também está associado ao desenvolvimento de neoplasias de cavidade oral, seios paranasais, laringe, esôfago, estômago, pâncreas, cérvice uterina, rim, cólon, reto, bexiga e leucemia em adultos.

Este cenário ganhou novos fatores de risco com o aumento do consumo de cigarros e dispositivos vape. “Os produtos mais recentes e controversos que potencialmente influenciam o risco de câncer de pulmão são os sistemas eletrônicos de istração de nicotina”, afirma a oncologista. Eles são comercializados como sendo uma alternativa mais segura, e sem outras exposições combustíveis inerentes à fumaça do tabaco. “No entanto, o cigarro eletrônico permite que o líquido seja aquecido para criar um aerossol contendo nicotina e substâncias como aromatizantes, propilenoglicol, glicerina vegetal e outros ingredientes que o usuário inala”, alerta. A comercialização destes produtos é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2009.

A oncologista explica que embora os componentes do vapor do cigarro eletrônico sejam diferentes daqueles dos cigarros de tabaco tradicionais, os dados disponíveis sugerem que o formaldeído, o acetaldeído e as espécies reativas de oxigênio estão presentes em concentrações suficientes para causar danos inflamatórios às vias aéreas e ao epitélio pulmonar. Os aerossóis para cigarros eletrônicos também podem conter hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, nitrosaminas e metais vestigiais, podendo contribuir para a tumorigênese. “Atualmente não estão disponíveis evidências conclusivas sobre a segurança dos cigarros eletrônicos em geral ou em comparação com o tabagismo”.

Prevenção

A oncologista destaca que todos os métodos de prevenção que auxiliam na redução do risco de desenvolvimento de câncer de pulmão devem ser fortemente incentivados. São ações que visam evitar o aparecimento da doença. Entre elas estão a cessação de tabagismo, aumento do consumo de fibras e de água, redução do consumo de açúcares e gorduras, perda de peso e aumento da atividade física.

A prevenção secundária inclui medidas para detecção precoce em pacientes ainda assintomáticos a fim de impedir a progressão da neoplasia e reduzir índices de morbidade e mortalidade. É indicada a realização de tomografias de tórax de baixa dosagem a partir dos 50 anos em pacientes tabagistas ativos ou ex-tabagistas, que suspenderam o hábito em até 15 anos atrás, e com carga tabágica de 20 maços-ano ou mais.

Riscos

Os riscos provocados pelo tabagismo se iniciam logo após a primeira exposição, mas se acentuam de acordo com a quantidade de cigarros fumados e o tempo decorrido do hábito. O cálculo é realizado pela multiplicação do número de maços (1 maço = 20 cigarros) fumados por dia pelo número de anos de tabagismo. A Dra. Ana exemplifica: uma pessoa que fuma 40 cigarros por dia (2 maços) pelo período de 30 anos possui uma carga tabágica de 60 maços-ano (2 x 30).

A cessação do tabagismo promove redução no índice de óbitos por doenças relacionadas ao cigarro e na mortalidade de um modo geral. Após 15 a 20 anos de abstinência, o risco de desenvolver câncer de pulmão torna-se semelhante ao dos indivíduos que nunca fumaram. “Por isso, cessar o tabagismo deve ser fortemente incentivado e combinado a medidas comportamentais e farmacológicas necessárias para que essa decisão seja bem-sucedida”, finaliza.

Sobre a Oncoclínicas&Co

A Oncoclínicas&Co. – maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina – tem um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização, por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.700 médicos especialistas com ênfase em oncologia. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico no país, oferece um sistema completo de atuação composto por clínicas ambulatoriais integradas a cancer centers de alta complexidade. Atualmente possui 143 unidades em 38 cidades brasileiras, permitindo o ao tratamento oncológico em todas as regiões que atua, com padrão de qualidade dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.

Com tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas traz resultados efetivos e o ao tratamento oncológico, realizando aproximadamente 635 mil tratamentos nos últimos 12 meses. É parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos mais reconhecidos centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo. Possui a Boston Lighthouse Innovation, empresa especializada em bioinformática, sediada em Cambridge, Estados Unidos, e participação societária na MedSir, empresa espanhola dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer. A companhia também desenvolve projetos em colaboração com o Weizmann Institute of Science, em Israel, uma das mais prestigiadas instituições multidisciplinares de ciência e de pesquisa do mundo, tendo Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas, como membro de seu board internacional. Além disso, a Oncoclínicas ou a integrar a carteira do IDIVERSA, índice recém lançado pela B3, a bolsa de valores do Brasil, que destaca o desempenho de empresas comprometidas com a diversidade de gênero e raça.

Para mais informações, e www.grupooncoclinictimbonet-br.noticiascatarinenses.com


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